quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Outono...

canção Ó lindo Outono (canta-se com o ritmo do malhão)
Ó lindo Outono,
o que é que nos dás?
Uvas e castanhas, ó trrim, tim, tim
e belas maçãs.


Ó lindo Outono,
dás também as chuvas.
Vêm as desfolhadas, ó trrim, tim, tim
acabam-se as uvas.

Contigo, Outono,
vem o S. Martinho;
fazem-se magustos, ó trrim, tim, tim
e prova-se o vinho.



“A Chegada do Outono do Espantalho Brincalhão”

Num campo de milho muito dourado vivia um lindo Espantalho muito brincalhão. Logo pela manhã quando o sol começava a espreitar na montanha, o Espantalhinho abria os olhos e esfregava-os… depois começava a bocejar: Ohhhh!Ahhhh!
Em seguida, espreguiçava-se. Esticava um braço, outro braço, uma perna e a outra perna. Olhava para o sol e bocejava mais uma vez: Ohhhh! Ahhhh!
Depois de bocejar, o Espantalhinho adorava sentir o sol a aquecer-lhe a palha de todo o seu corpo e sacudia uma perna… outra perna… um braço e o outro braço.
De repente começou a sentir muitas cócegas por todo o seu corpo… cada vez mais e mais… eram os ratinhos e os passaritos da quinta que queriam brincar com ele e por isso faziam cócegas e tiravam-lhe alguma palha.
De tanto rir e espernear, o Espantalhinho ficou cansado, e os ratinhos e os passaritos decidiram ir embora.
Num instante o sol escondeu-se e o vento começou a soprar VVVVV… VVVVV… era o Outono que tinha chegado. As folhas das arvores começaram a cair e o chão ficou colorido em tons de castanho, amarelo e vermelho.
O Espantalho estremeceu… espirou… Atchim!… e deu-lhe um arrepio de frio.
O vento soprava cada vez mais forte… VVVVV… mais forte… VVVVVV… mais forte, e o Espantalhinho andava de um lado para o outro. As arvores estremeciam e as folhas caiam.
O vento parou mas a chuva chegou. O Espantalho estava a ficar todo molhado. Cada vez chovia mais e o Espantalho ficava muito encharcado, e pesado… muito pesado. A chuva parou e o Espantalhinho começou a sentir-se tão pesado que começou a escorregar e a ficar com muito sono… Ohhh!… muito sono… até que se deitou no chão e adormeceu. Dormiu e sonhou com o sol a aquecer-lhe o corpo… tinha saudades do Verão mas só que agora era a vez do Outono que trazia consigo: o frio, a chuva e o vento.
Nisto chegaram os amigos: os ratinhos e os passaritos que acordaram o Espantalho para brincar porque já estava sol.
O Espantalhinho ficou muito contente porque parte do seu sonho tinha-se tornado realidade. Era Outono mas tinha o “calor” dos amigos e o amor sempre juntinho ao coração.


História cedida pela colega  no fórum Educação de Infância



http://www.slideshare.net/jifonteseca/iaci-e-aboneca2-5647766

 Conto popular brasileiro IACI E A BONECA 

Iaci vivia com os pais numa povoação chamada cachimbo no interior da grande selva brasileira. Iaci tinha uma boneca que não era como as outras; era uma boneca feita pelas suas próprias mãos. Pegara numa maçaroca de milho e com as folhas amarelecidas fizera-lhe um vestido. Depois olhou para a sua boneca e chamou-lhe Curumin
Iaci gostava tanto da boneca que não a abandonava um só momento. 
Iaci lavava a boneca, ajeitava-lhe o vestido, deitava-a na cama e abraçava-a muito.
    • A mãe chamava a menina para que a ajudasse a limpar e arrumar a casa:
        - Iaci! Iaci! Vem ajudar-me a arrumar a casa!
          Mas Iaci estava tão entretida a brincar com a boneca que não escutava a mãe.
          • Um dia, depois de muito chamar, a mãe de Iaci aborreceu-se e disse-lhe:
              - Se continuas a não ouvir o que te digo, ainda acabo por te tirar essa boneca!
                A mãe só queria que a menina prestasse mais atenção ao seu chamamento, mas Iaci assustou-se e resolveu esconder Curumin.
                  Com a boneca bem apertada nos braços, Iaci foi até à margem do rio onde costumava dar-lhe banho todos os dias.
                  • Ali encontrou a sua amiga tartaruga que lhe perguntou:
                      - Que procuras por aqui, Iaci?
                        - Procuro um sitio para esconder a minha boneca.
                          - Isso é fácil – disse a tartaruga.
                            - Vê como eu faço: escavo um buraco na areia e aí escondo os meus ovos.
                              Com as suas mãozinhas Iaci abriu uma cova como vira fazer à sua amiga tartaruga e deixou a boneca na areia quente.
                              • A areia cobria agora Curumin como um manto.
                                  A menina disfarçou a cova cobrindo-a de folhas.
                                    - Não te preocupes – disse a tartaruga. Enquanto vigio os meus ovos, olho pela tua boneca.
                                      Então Iaci regressou a casa.
                                      • Depois vieram as grandes chuvas. Chovia sem parar. Passou muito tempo até que Iaci pudesse ir buscar a sua boneca.
                                      • Até que um dia Iaci pôde finalmente ir buscar Curumin. Mas tinha chovido tanto e o rio levava tanta água que a margem não parecia a mesma. Iaci não conseguia reconhecer o sítio onde deixara a boneca.Procurou então a tartaruga e encontrou-a rodeada de tartaruguinhas. Então as duas foram até ao local onde Iaci escondera a boneca; mas ali só viram duas folhitas que se erguiam do solo como se fossem duas mãozinhas verdes.Iaci ajoelhou-se no chão para ver melhor. Estava quase a chorar, mas a tartaruga disse-lhe:
                                          - Não chores, Iaci. Estas folhas são a tua Curumin. Elas vão crescer e tornar-se uma planta grande e alta. Depois nascerão muitas maçarocas de milho.
                                            - Vem buscá-las no verão. Encontrarás aqui a tua boneca
                                            Chegou o Verão e a Iaci voltou à margem do Rio. Ali onde escondera a sua Curumin, encontrou uma bela planta com muitas maçarocas de milho. Agarrou uma, vestiu-a com folhas, e assim fez uma boneca que era igual à sua Curumin. Com as outras maçarocas a mãe de Iaci fez muitos bolinhos de milho.
                                            Ilustração de Glória Carasusan Balle Adaptação de C. Zendrera. Texto em Português de Catarina Vilar


                                            As nossas bonecas de milho...



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